Uma das consequências de produzir arte é a experiência. Ver um museu novo, explorar uma cidade nova: esses fatores desencadeiam ideias maravilhosas em alguns artistas que, por se sentirem confortáveis para tal, transformam o sentimento desse espaço em arte. Mas e a recapitulação?
Um dos meus hobbies, ultimamente, é assistir filmes. É interessante observar como cada autor – seja ele de empresas grandes ou não – explora a sua obra. Tem filmes que tem desenvolvimentos de personagem bem explorados, tem uns em que os mundos são extremamente ricos (vide a maioria do Hayao Miyazaki), tem uns que possuem uma ambientação única e espetacular e que te prendem naquele universo. Óbvio que tem os ruins, mas, como nós e nossos gostos não são imutáveis, o processo de reassistir à um filme é essencial, tal qual revisitar um espaço é crucial para observar como você reage à ele ao passar dos anos.
Esse espaço das fotos foi importantíssimo na minha formação enquanto ser humano. É calmo, é confortável, é nostálgico, mas, acima de tudo, a beleza feia desse espaço me deixou maravilhado.
Muitas coisas mudaram de lugar e não são como eram, mas até a mudança me deixou encantado. Talvez porque essa mudança também tenha ocorrido comigo? Talvez porque realmente tá mais bonito e interessante do que quando eu era menor? Eu quero explorar mais o campo do incerto, o que é fato é extremamente chato.
Eu quero debater e influenciar e, por conta disso, eu faço arte. E é fazer arte minúsculo mesmo, ser arteiro, tal qual o Alfredo – nome que eu apelidei o gato pidão que, faminto, implorava por comida enquanto almoçávamos (acesse a terceira foto).










Publicado originalmente em 08/06/2023